
Ja está chegando.
Vejam a entrevista da revista raiz
Por Revista RAIZ.
24 de novembro de 2006
Longa-metragem conta a história de Efigênia, a artista que transforma papéis de bala em trajes magistrais.
Efigênia Ramos Rolim, aos 75 vive nas ruas de Curitiba, Paraná, cidade onde há 15 anos veio morar com os nove filhos e o marido, oriundos de Minas Gerais. Aos 60 anos, ficou viúva e após criar os filhos, num momento de inquietação, resolve mudar totalmente a sua vida para se tornar uma artista popular. O sonho se realiza. Ela canta, dança, escreve poesias e ao ver um papel de bala jogado no meio da rua, a artista descobre que podia amarrá-lo a outro, e a outro até transformá-los em trajes exuberantes. E é naquele mísero plástico a caminho do lixo que Efigênia encontra a Rainha do Papel. A missão: transformar sujeira de rua em arte. Em 1998, na cidade de Canela, Rio Grande do Sul, um outro artista aparece na vida da Rainha, que mais tarde a tornaria em estrela de cinema. Lá acontecia um Festival Internacional de Bonecos, onde o argentino Sérgio Mecurio iria se apresentar. O artista saíra de Banfield e estava no meio de uma viagem com o seu boneco, o amigo Bobi, onde juntos pretendiam percorrer todos os países da América Latina. Na primeira vez que o bonequeiro se deparou com a artista, estranhou. “Ela parecia uma louca e me esquivei”, afirma Sérgio. Terminada a viajem de 12 anos, contado no livro De Banfield a México, escrito por Mercúrio, ele decide reencontrar Efigênia e documentar sua história. No Brasil não encontrou parceiros para realizar o longa, e por isso teve de mobilizar alguns amigos que tem pela América. Dentre eles, o boliviano Juan Pablo Urioste, incumbido a gravar e dirigir a fotografia. Foram 27 horas documentadas de Efigênia, mais de 1000 fotos coletados no trabalho. Resultado: O filme da Rainha que estréia domingo, dia 26 de novembro em Curitiba, com a presença garantida da protagonista. A seguir, o diretor Sérgio Mercúrio conta ao Portal RAIZ., como descobriu a Rainha, os bastidores da gravação, o pedido de casamento que recebeu dela após ser expulso do Brasil e a árdua luta para fazer cinema independente, que sempre esbarra na burocracia.
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